sábado, 27 de junho de 2009

Recebi esta Reflexão... de uma pessoa única... minha nova amiga Damaris!!! Obrigada por compartilhar e por me deixar compartilhar...

SIMBIOSE
Hoje, uma manhã de quarta-feira, do dia 05 de abril de 2007. Acordei, olhei pela janela, caminhei com o olhar, precisei me perder nas cores, formas, das coisas que estão ao redor de mim, para poder me encontrar. Simbiose - porquê? Pois por alguns minutos pude absorver um universo de coisas e trazer para dentro de mim, para mesclar com outras que já estão lá. Realmente, como nossa natureza é inquieta, reagimos de formas diversas, chega a doer, os porquês sem respostas, os ais sem remédios, as coisas que estão sem formas, o projeto que naufragou, as idéias de mundo melhor que só ficou na mente. Pensei no ser humano, esse ser que nos encanta, fascina, mais também mete medo.Transporto-me para aula que tivemos ontem. Estudamos sobre a vida de Pierre Bourdieu. Com sua sociologia da educação, ele nos leva a uma análise mais equilibrada, sobre o como fazer. Portanto, como pensar em revolução científica, sem esquecer que a educação é a instância por onde os parâmetros vão sendo estabelecidos e vão envolvendo o ser humano por inteiro.

Queremos celebrar a vida, queremos tecer elogios aos que alçaram grandes vôos, mas não podemos perder de vista que é preciso investir tempo e dinheiro pra educar, preservar o planeta, para limpar o lixo, pra dizer o que ninguém quer ouvir, para pensar no que estamos deixando para as próximas gerações. Vejamos: O aquecimento global, a poluição do mar, a vida que se perde nas ruas, sem rumo, sem perspectiva, sem valor.

A natureza já está reagindo, e nós? Como temos procurado a homeostase? Todas essas inquietações me sobrevieram essa manhã, mas elas já estão comigo a algum tempo. Confesso, amo a arte, mas a Arte pela vida, pelo belo, tanto estético quanto essência. Arte que enche vidas de cores, não uma vida, mais muitas vidas. Arte não utópica, mas transformadora, que transcende, que não gasta energia de forma banal.

Arte que me faz perceber o quanto preciso de gente, para ser gente. Que me faz ver, que se meus sentimentos forem nobres, não serei uma caçadora solitária, mas aprenderei caçar e viver em grupo. Arte, que me faz herdeira, do que? Das transformações sociais, dos rios que vão correr com vida, das crianças que serão educadas e amadas, das vidas que sairão das ruas.

Arte que propaga a vida e não a morte, arte que ressurge em forma de paz em meio ao temporal, que pontua na minha caminhada que jamais virá sobre mim realizações refinadas, através do sofrimento de outrem. Arte que é símbolo e reflexo de plenitude, de ser total, inteiro em relações, vicissitudes e amor.

Damaris Ribeiro.
* Alterações feitas em: 27/06/09.

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